Time is never time at all

The years have been short but the days were long
Sempre tive uma relação estranha com o tempo.
Não uso relógio de pulso, o meu relógio do quarto marca o mesmo horário há sete meses (as infinitas 5:50 hs), sou a rainha do atraso (característica que parece ser padrão no meu círculo de amigos), durmo quando tenho vontade e acordo quando quero ou acho necessário e sempre recebi olhares surpresos quando perguntava o indefectível “Que dia é hoje? E o mês? Qual o ano mesmo?!” no colégio.
Eu nunca me dei bem com números e convenções. Talvez eu devesse criar um calendário próprio, onde separaria meus meses conforme acontecimentos que realmente marcaram a virada de algo. Ás vezes eu me sinto o Bill Murray em Groundhog Day, vivendo o mesmo dia por várias vezes. Outras, cada dia parecem meses, de tão definitivos e especiais.
Eu sinto que já vivi o equivalente a dois anos só nesses quatro meses. Mas de alguma forma eu sou a mesma pessoa do ano passado. Ou pelo menos não quero deixar de sê-la.
E toda essa baboseira porque eu reparei que escrevi 2004 atrás do ingresso do cinema. E dá-lhe paciência para eu explicar o porquê do erro na bilheteria.
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